ORLA FLUVIAL DE GONDOMAR | GONDOMAR | PORTUGAL | 2003

com João Mendes Ribeiro Arquitecto

 

Ordenamento e Requalificação Paisagística e Ambiental da orla Fluvial de Gondomar| Consulta prévia

CLIENTE

DATA DE PROJECTO

 

EQUIPA

 

ARQUITECTURA PAISAGISTA

AUTOR

 

EQUIPA DE PROJECTO

 

 

ARQUITECTURA

AUTOR

 

 

 

ENGENHARIAS

 

FUNDAÇÔES E ESTRUTURAS

 

 

INSTALAÇÕES E EQUIP. ELÉCTRICOS E DE TELECOMUNICAÇÔES

 

INSTALAÇÔES HIDRAULICAS

 

 

 

Polis Gondomar, Câmara Municipal de Gondomar ,

2003

 

 

 

 

 

Teresa Amaro Alfaiate |coordenação geral

 

Paulo Palma , Ma J Fonseca, Ma J Berhan da Costa,
Maria Quintino

 

 

João Mendes Ribeiro Arquitecto

 

 

 

 

 

Rodrigo Andrade e Castro 
Associados, Projectos  de Engenharia SA

 

Raul Serafim  Associados, Projectos de Engenharia SA

 

 

 

Paula Silva  Associados, Projectos de Engenharia SA

A proposta para a Frente Fluvial de Gondomar, realizada no âmbito do Programa Polis baseia-se numa leitura integrada da Paisagem que caracteriza a região e, em particular, aquela que foca o troço do vale do Rio Douro, situado entre o limite Norte do conselho e a Ribeira da Archeira, sua afluente. Esta Paisagem de Vale encaixado tem implícita uma leitura complementar das suas margens e das encostas que lhe estão subjacentes, neste caso concreto, de limites perfeitamente definidos. Os limites longitudinais do próprio rio, de meandros apertados induz, tanto numa leitura “condensada”, de planos sucessivos, como uma individualização de partes sequenciais, coincidentes com os seus afluentes O curso principal do rio não deixa contudo de funcionar como corpo agregador, de grande magnitude, constituindo uma unidade de paisagem de excepcional qualidade,

O conceito de intervenção apoia-se à propri no sublinhar daquilo que está já é, de facto, quer ao nível do seu substrato topológico quer na reconversão de algumas estruturas arquitectónicas, de evidente potencial. A solução projectual considera três entidades com escala e propósitos articulados e imbricados, entre si:

 

As linhas, (percursos) longitudinais, às quais é atribuída uma imagem singular e expressão arquitectónica forte e contínua ao longo de toda a frente fluvial, inscrevendo algumas variações de traçado e materialidade, que se prendem com as distintas partes que atravessam. Prevê-se a prevalência e a extensão de muros de pedra solta, posicionados aos longo das curvas de nível, destacando o belíssimo perfil do terreno e garantindo a consolidação de taludes.

 

Os pontos, lidos quer como elemento positivo -, edificações ou elementos arbóreos de excepção ou como elemento negativo, projectando-se sobretudo sobre o rio e a outra margem. Constituindo clareiras abertas nos maciços densos de vegetação, de grande presença figural, estes são articulados pelos percursos e diversificados, ao nível arquitectónico e funcional, pelas actividades previstas (praias fluviais, jogos, restauração, apoios ao desporto náutico).

 

As áreas, constituem partes com propósito morfológico contrastante introduzindo uma alternância cheio /vazio com carácter individualizado e de identidade claramente definida, dinamizando uma compreensão total do espaço fluvial, incluindo as relações com a margem oposta. A proposta potencia a leitura destes contrastes conferindo um propósito rítmico ao percurso rectificado e significativamente ampliado na frente de rio, privilegiando o movimento pedestre e clicável, e permitindo a fruição de uma grande diversidade de equipamentos e circunstâncias.

 

As áreas funcionam tanto como blocos autónomos, como partes interdependentes, não apenas nos propósitos morfológicos, espaciais e funcionais como constituindo unidades operativas a partir das quais a execução do projecto poderá ser faseada e controlada. Tratando-se de uma extensa área de intervenção esta independência e complementaridade permite optimizar custos e a logística de implementação do projecto.

© Copyright 2022 MARGEM arquitectura paisagista · All Rights Reserved