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CONSERVATÓRIO DE MÚSICA | COIMBRA | PORTUGAL | 2004
com João Mendes Ribeiro Arquitecto
Projecto para o novo conservatório de Coimbra | Concurso Público | 4o lugar
CLIENTE
DATA DE PROJECTO
EQUIPA
ARQUITECTURA PAISAGISTA
AUTOR
EQUIPA DE PROJECTO
ARQUITECTURA
AUTOR
ENGENHARIAS
Câmara Municipal de Coimbra
2004
Teresa Amaro Alfaiate
Paulo Palma , Maria Quintino, Isabel Ferro
João Mendes Ribeiro|coordenação geral
ECA Eugénio Cunha & Associados
A intervenção no espaço envolvente do conservatório estabelece uma relação de dualidade com a configuração do edifício, tirando partido do contraste cheio/vazio e da transparência de alguns planos, presentes na sua própria linguagem, inscrevendo-o no contexto do espaço/ paisagem envolvente, quer codificada por alguma densidade de edificação, quer pela permeabilidade de alguns maciços de vegetação.
A transparência é assinalada nas plantações, ladeando o edifício, a Nascente e Poente, exacerbam a ideia de um volume edificado suspenso e permeável ao nível do solo: quer na semi-sombra projectada por um maciço de bétulas que, na nudez dos seus troncos esguios e copas pouco densas cria um espaço peculiar, filtrado pela luz; pela superfície translúcida de água, que acompanha a acesso principal ao edifício ao longo de uma alameda de lodãos.
O contraste revela-se nos vazios do edifício versus os cheio do bosquete arbóreo e alinhamento denso de lodãos, ao longo do eixo de acesso: os troncos alvos das betulas versus o negro dos lodãos; os materiais fraccionados e texturados na base das áreas plantadas e alameda contrapondo-se às superfícies limpas, pétreas, que embasam o edifício
O espaço exterior é gerado pelo maciço de bétula (betula alb) e choupos (populus nigra var. italica) que se define num volume de forma muito controlada mas de alguma transparência, implantando-se numa superfície de seixo rolado ligeiramente desnivelada. Os percursos de atravessamento são assegurados por passadiços metálicos garantido a fruição deste espaço fresco e ensombrado mas definindo claramente a sua direcção.
O eixo de acesso ao edifício funciona como elemento de corte deste maciço. Ele é sublinhado por um longo canal de água, e, pela plantação da alameda de lódãos (celtis australis) que, vai perdendo sucessivamente a sua intensidade, pelo alargamento do compasso de plantação, até se dissolver nas pontuações dispersas da paisagem envolvente.
O canal de água constitui uma superfície espelhada, plantado com nenúfares, que rasga o solo e acompanha o embasamento da passagem aérea prevista.
A água funciona como elemento direccionador, do acesso ao edifício, criando uma superfície atractiva que demarca igualmente uma fronteira clara relativamente ao bairro posicionado, a Nascente. Aproveitando o declive ligeiro, a água transborda demarcando visualmente e sonoramente o acesso ao conservatório nesta direcção.
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