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CLUBE DE CAMPO | SANTARÉM | 1995
Projecto de Clube Campo, Centro Nacional de Mercados Agrícolas
Menção Honrosa Revista Architecti 1995
CLIENTE
DATA DE PROJECTO
ÁREA
EQUIPA
ARQUITECTURA PAISAGISTA
AUTOR
EQUIPA DE PROJECTO
FOTOGRAFIA MAQUETA
PUBLICAÇÕES
CNEMA , Centro Nacional de Mercados Agrícolas
1994-1995
90 000 m2
Teresa Alfaiate | Coordenação geral
Nuno Mota, Margarida M.
Teresa Alfaiate
ALFAIATE,T, 1995, Architecti, Dez, Jan Fev, 94/95 Lisboa, 44- 47
2003, Diário Notícias ; cultura 24 ; Prémio Architecti , Mensão Honrosa
O surgimento em Santarém de um Parque de Exposições destinado a um mercado Agrícola a (CNEMA) velo criar uma vasta 'área a Poente da Cidade, redefinindo o limite deste centro urbano, tradicionalmente implantado - sobre um cabeço.
Associado a este Iniciava desenvolveu-se a Ideia de conceber um espaço aberto que, dotado de equipamentos ao ar livre, permitisse introduzir uma de alternativas recreativas na cidade, integrando simultaneamente o projecto do CNEMA já executado, no espaço envolvente.
O programa definia um conjunto de estruturas a Integrar na composição, o jardim infantil, a piscina, o lago, o jardim infantil, a tenta e o campo de tiro, as quais na sua unidade deveriam poder funcionar de uma forma independente e estabelecer relação privilegiada com o parque de exposições.
A região de Santarém é dominada por cabeços da crista suave e arredondada que se destacam claramente na plantação regrada de olivais e por linhas de agua, assinaladas nas copas alongadas da choupos, maciços de freixos e ou salgueiros.
Os aglomerados urbanos instalam-se estrategicamente ocupando as linhas marcantes do relevo, ora sobre os festos dominando as vistas sobre a lezíria, ora desenvolvendo-se linearmente, em pleno vale.
A identidade deste revela-se sobretudo nesta organização territorial simultaneamente, tão óbvia e "intuitiva” quanta racionalizada preconcebida.
O Projecto do clube de campo propõe, precisamente recrear esta potencialidade e particularidade do sítio. Os elementos arquitectónicos enfatizam os pontos dominantes do relevo, que assumidamente se preservou. São consequência desta atitude a grande plataforma onde se Implanta a Casa de Chá. O Campo de Tiro e o Jardim de Aromáticas orientados nas belas perspectivas sobre o Rio Tejo e a Cidade. Em plena linha de drenagem natural a Ribeira que segue a direcção Nascente/Poente quase totalmente aterrada pela construção do Parque de Exposições, só surgindo a céu aberto quase no limite dos terrenos do CNEMA. A história da Ribeira,. cujo percurso original foi Ignorado, é aqui adquirida concebendo-se recriar a sua Imagem agora expressa de uma forma mais artificial e controlada.
A Água, na sua origem vai espraiar-se num grande tanque/espelho de água. Limitado, a Sul, por um passeio sobrelevado que escolheu a inclinação da antiga ribeira e, com essa lógica, vai alimentar todo o sistema. Sucessivamente, à medida que se vai confrontando com obstáculos e estruturas, que se organizam em tomo do anel central. A água vai adquirindo formas menos “domesticadas “ até chegar lago, no momento preciso em que a antiga ribeira retoma o seu caminho original.
No vale, uma maior densidade de elementos construídos entra em diálogo com a ordem mais rígida e geometrizada do projecto preexistente, recuperando algumas das suas linhas geradoras.
A frequência de elementos arquitectónicos vai diminuindo a cada passo à medida que nos aproximamos dos cabeços e se refazem as relações com o Espaço da Paisagem envolvente.
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Os caminhos diversificados na pontuação das plantações arbóreas e na sua Forma de implantação, tanto encaixada quanto sobranceira e dominante, são soalheiros ou ensombrados, misteriosos ou imediatos, permitindo articular espaços de carácter igualmente distinto: fechados e íntimos, abertos e contemplativos, concentrados e dinâmicos. A unidade destes espaços de identidade muito própria surge na atitude da interpretação do sítio.
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