CAMPO SÁ DA BANDEIRA | SANTARÉM| portugal | 2008

com João Mendes Ribeiro Arquitecto

 

Requalificação do Campo Sá da Bandeira e estacionamento | Concurso limitado por Prévia Qualificação

CLIENTE

DATA DE PROJECTO

ÁREA

 

 

EQUIPA

 

ARQUITECTURA PAISAGISTA

AUTOR

 

EQUIPA DE PROJECTO

 

 

ARQUITECTURA

AUTOR

 

 

 

ENGENHARIAS

 

ESTRUTURAS

 

 

 

Câmara Municipal de Santarém

2008

37.500m2

 

 

 

 

 

Teresa Amaro Alfaiate | coordenação geral

 

Paulo Palma, Maria Quintino, Catarina Filhó,
Mª João Prospero, Eduardo Pinto

 

 

João Mendes Ribeiro Arquitecto

 

 

 

 

 

ENSUL espheras engenharia com FDO construções

 

 

 

Santarém possui condições paisagísticas e cénicas privilegiadas e de grande clareza que nos induzem, quase naturalmente, na percepção da forma como a cidade cresceu e se foi implantando sobre o planalto. É rodeada de vales encaixados bem marcados, igualmente identificáveis por constituírem em regra maciços de vegetação e, por se prolongarem quase até aos cabeços e planalto, onde a cidade se desenvolve. Pode verificar-se ainda que a estrutura urbana e o esquema de assentamento da cidade não ignorou estas condições topográficas exuberantes, verificando-se que as artérias mais significativas da cidade consolidada coincidem, quase completamente, com linhas de festo, sendo esta circunstância uma regra muito clara de orientação e referenciação desta paisagem urbana.

 

O projecto intervém neste espaço entendendo-o como um nó urbano e remetendo-o para o seu papel de grande articulador ao nível estrutural, entre a cidade medieval e a cidade “ nova”. Esta ideia relaciona-se directamente com a uma das opções de base do projecto, que é expressiva, quer à escala mais restrita dos diferentes tecidos que articulam o espaço quer à escala da cidade como um todo.

 

No Campo Sá da Bandeira a estrutura projectada não foi “inventada” ela surge como simples consequência do prolongamento dos principais eixos que a envolvem, garantindo a natural fluidez do tecido urbano. É evidente a preservação da axialidade central, que corrobora a orientação dos Eixos medievais e assegura uma relação frontal com um edifício de referência - o Palácio da Justiça - ou o traçado dos eixos perpendiculares, que se projectam de ambos os lados, Nascente e Poente, sobre o Campo e se expandem aos tecidos urbanos central e marginal.

 

Outra opção de projecto surge como resposta directa à memória e identidade do espaço.

O Campo do Chão de Fora era um espaço uno de limites bem definidos e configuração inequívoca, aspecto que se perdeu, em parte, pelo rasgar de uma grande Avenida Central, constituindo um corte fortíssimo. Neste sentido o projecto reencontra uma estrutura unitária para o espaço introduzindo uma espacialidade, distinta do pré existente. O sistema de plantações bastante denso, e a forma controlada da plantação concorre para a configuração desta totalidade, reformulando os limites do espaço de uma forma clara e permitindo, paralelamente, respeitar a expressão e clarificar a articulação dos espaços envolventes.

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