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LABORATÓRIO NACIONAL DE INVESTIGAÇÃO VETERINÁRIA
PROJECTOS SELECCIONADOS |
PROJECTO |
QUARTEIRÃO DA ESTRADA DE BENFICA nº 677 a 701 | BENFICA , LISBOA | PORTUGAL | 2011
com João Mendes Ribeiro Arquitecto
Estudo de Desenho Urbano para a Estrada de Benfica nº 677 a 701 LABORATÓRIO NACIONAL DE INVESTIGAÇÃO VETERINÁRIA
CLIENTE
DATA DE PROJECTO
ÁREA
EQUIPA
ARQUITECTURA PAISAGISTA
AUTOR
EQUIPA DE PROJECTO
ARQUITECTURA
AUTOR
EQUIPA DE PROJECTO
ENGENHARIAS
ESTRUTURAS
REDE DE ÁGUAS
INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS
REDE VIÁRIA
Sagestamo – Soc. Gestora de Participações Sociais Imobiliárias
2010-2012
TOTAL 25 832 m2 | Espaço Verde 16749 m2
Teresa Alfaiate
Paulo Palma, Inês Plácido
João Mendes Ribeiro Arquitecto | Coordenação geral
Catarina Fortuna, Ana Isabel Fernandes, Inês Lourenço, Joana Canas Marques
Adão da Fonseca Engenheiros Consultores
Campo d`Água Engenharia e Gestão
Raul Serafim e Associados
a3S Burmester Pereira & Adão Enginneering Consulting
O Bairro de Benfica, em Lisboa, instala-se num Vale Aberto, de vertentes muito suaves, constituindo um relevante sistema húmido drenado pela Ribeira de Benfica e, sequencialmente, para o Rio Tejo, através do Vale de Alcântara.
Esta paisagem desde sempre foi antropizada e codificada culturalmente pela presença da Água e pelos terrenos férteis, que justiçaram, durante décadas, a implantação de Quintas de Recreio e Produção, inicialmente como espaço de veraneio ou de abastecimento de frescos à Cidade ancestral. Com o seu desenvolvimento, no sentido Noroeste, o Vale de Benfica foi sendo sucessivamente ocupado por edificação dando origem a uma Área Urbana de crescimento linear regrada pela Estrada de Benfica.
Hoje em dia esta área urbana constitui um espaço crítico pela forte pressão urbanística a que está sujeito, vendo sucessivamente os seus solos férteis e todo o sistema húmido ameaçado. Um dos registos mais significativos desta mudança veio a verificar-se com a canalização da Ribeira de Benfica e a impermeabilização de grande parte das áreas adjacentes a esta. É neste contexto e, num espaço de uma antiga quinta – Quinta da Baldraga - imediatamente associado à referida estrada e atravessada pela ribeira, hoje canalizada, que se situa a área de intervenção para a qual foi realizado um Plano de Desenho Urbano.
Tratando-se evidentemente de uma situação ecologicamente sensível o desafio deste trabalho constou no encontro de uma solução que conseguisse rematar e conter toda a frente edificada, destinada a habitação que, de uma forma mais ou menos caótica, sobretudo ao nível volumétrico, foi comprometendo algumas articulações fundamentais. Em paralelo foi garantido um elevado nível de permeabilidade do solo num extenso espaço público, no interior de quarteirão aberto, construído fundamentalmente com materiais vivos, bem como atravessamentos e serviços adaptados aos usos urbanos, a que está contemporaneamente sujeito.
A grande restrição deste espaço, implantado no sistema húmido e em boa parte inscrito na própria área de protecção da ribeira canalizada e, o potencial subjacente à presença da água tornaram-se se os grandes activadores conceptuais da intervenção, permitindo desenvolver soluções sustentáveis de uso e usufruto da água. A água tornou-se a grande protagonista da intervenção e o principal motivador arquitectónico, quer do conjunto edificado, constituído por um grande quarteirão, quer do espaço de parque, projectado para o seu núcleo.
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