JARDIM DA CERCA DO HOSPITAL | ESCOLA INFANTIL DE CONDE SOBRAL | ALMEIRIM | PORTUGAL | 2017
CLIENTE
DATA DE PROJECTO ÁREA
EQUIPA
ARQUITECTURA PAISAGISTA
AUTOR
EQUIPA DE PROJECTO
ENGENHARIAS
REDE DE ÁGUAS
INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS
FOTOGRAFIA
Santa Casa da Misericórdia de Almeirim
2014 – 2011 | CONSTRUÇÃO 2017 Em Curso
6439 m2
Teresa Alfaiate | Coordenação geral
Paulo Palma, Adriana de Almeida, Francisco Saraiva,
Damiano Ceriani, Inês Antunes
JERFI Projectos
INFREL
Teresa Alfaiate
A intervenção na Cerca do Antigo Hospital em Almeirim tem como pressuposto principal o tratamento de um espaço destinado a uma escola de primeira infância, o qual adquire um contexto mais abrangente por se inserir num vasto interior de quarteirão com frente urbana, apresentando estreita relação com a paisagem envolvente.
A interpretação do sítio, a partir da presença da água, do sistema de valas de drenagem talhadas na margem do Rio Tejo e a métrica e escala do parcelamento a agrícola, mais tarde convertida na própria estrutura urbana, são pressupostos que alicerçam o programa projectual. Pode constatar-se que a estrutura urbana e o esquema de assentamento da cidade não ignorou a condição topográfica de vale aberto do Rio, verificando-se ainda que o seu núcleo ancestral da povoação integrava precisamente a quadra (convertida em quarteirão) onde se insere a área de intervenção. Este constitui uma regra muito clara de orientação e referenciação desta paisagem urbana, sendo um pressuposto revelá-la a partir da proposta de sistema de plantações, estendida a todo o núcleo urbano, baseada em eixos perpendiculares ao rio.
Também no quarteirão da Cerca do Hospital as direcções preferenciais desta métrica e até alguns campos de relação circulares, do sistema de rega existente, são recreados garantindo sub-espaços onde se enquadram as estruturas dos espaços infantis, o horto, os campos de jogo, e outros de integração e de funcionamento da escola.
O projecto desenvolve-se a partir da ideia de um limite demarcado por uma forte sebe de faia, que se dobra encerrando e abrindo relações, marcando eixos, prolongando-se e mediando espaços de escala distinta. A água surge na marcação dos pontos, quer a partir da reconversão de um poço existente quer na criação de um tanque destinado ao uso do crianças e à rega. Os materiais e algumas técnicas construtivas locais são recreados, adquirindo no seu todo uma linguagem contemporânea, apesar de mediadora, das relações com a pré existência.